O poeta Haroldo de Campos define o parangolé como sendo uma “asa delta para o êxtase”, na medida em que, mais que um conjunto de obras, trata-se de um vôo para a liberdade, onde Oiticica perseguiu a participação livre, espontânea e aberta dos espectadores; o diálogo com a incerteza, com o indeterminado, em uma estrutura precária, no sentido da não-completude, a ser construída também pelo receptor e onde o resultado transcenda, ou até mesmo contradiga, as intenções iniciais do artista. Para Waly Salomão na estrutura dos parangolés “é o processo criativo total que é ativado impedindo o fetichismo coagulador da obra feita”.
Oiticica classificava os parangolés como programa ambiental:
O meu programa ambiental a que chamo parangolé não pretende estabelecer uma nova moral ou coisa semelhante, mas derrubar todas as morais, pois que estas tendem a um conformismo estagnante, a estereotipar opiniões e criar conceitos não criativos […] Os parangolés são, então, programas destinados a abrir o comportamento individual em direção ao coletivo. Dessa forma, enriquecem a experiência da vida.(...)leia na ínbtegra em: www.fapz.org/paginas/ parangoles/parangoles.php
Por Fabrizio Augusto Poltronieri
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